Jornalista Kellen Rodrigues está em São Paulo participando do Comunique-se Cases.
De lá, manda uma palhinha da palestra da manhã pra gente.
Na faculdade aprendemos que a função do jornalista é informar e levarao público informação de qualidade com o máximo de isenção queconseguir. Imparcialidade é algo que se busca, mas que, sabemos, épraticamente impossível. Essa questão, a parcialidade do jornalista,foi um dos problemas que a Vale enfrentou quando passou por invasõesdo Movimento Sem Terra no ano passado e neste ano.Durante sua fala no Encontro de Cases do Comunique-se, em São Paulo,hoje pela manhã, Fernando Tompson, o responsável pela assessoria deimprensa da Companhia contou que foi preciso mostrar aos jornalistasque a visão de que o MST era um movimento socialista estavaultrapassada. "Não podemos ser passional quando a imprensa forinjusta. É preciso ser racional, porque seu chefe, a essas alturas,provavelmente não será mais".Desde 2007 foram 15 invasões e das reividicações do movimento, nenhumatinha a ver diretamente com a Vale. O que eles queriam, então? SegundoTompson, visibilidade. "A capacidade de organização e logística delesé impressionante. Nas invasões já chegavam com a imprensa", disse.A empresa não negociou com os invasores. Deixou isso para asautoridades. Mesmo correndo o risco de ter uma imagem negativa deempresa "durona", ela pagou pra ver. Investiu em comunicação.Contratou equipes de tv para gravar as invasões e transmitia-as aovivo em sua sala de imprensa. A assessoria divulgou várias notas deesclarecimento relatando os fatos, as medidas judiciais tomadas,repúdio à violência e às constantes ameaças ao patrimônio público.Além de notas pagas em jornais de vários estados do país."A intenção era desmontar a visão de Robin Hood ou de Davi e Golias. O que eles fazem é crime e a imprensa precisava entender isso", contou.A ação gerou resultado. As manchetes, aos poucos, foram mudando detom. Com o trabalho, a assessoria de imprensa, sempre com o aval dadiretoria, conseguiu render 2.240 matérias em todo o mundo em abrildeste ano, o chamado "abril vermelho". Isso significa uma média de 40matérias por dia. Em um mês foram 12 veiculações no Jornal Nacional. Euma pesquisa de opinião com a população que vivenciou de perto osataques mostrou que o MST ficou com uma imagem negativa, muitoassociada a violência.
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