quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O que nos reserva o futuro?

Desde que a internet entrou nossas vidas, a pergunta que de vez em quando vem à tona é: os jornais impressos serão substituídos pela versão virtual? Aqui mesmo, em Criciúma, já em 1996 um site apostava em um jornal online. Naquela época não deu certo. Mas, hoje, a cada dia surge um veículo de comunicação novo na internet, dos generalistas aos extremamente especializados. Sem contar nas versões online dos jornais impressos, cada um à sua maneira marcando presença na web. Isto tudo mantém a dúvida: os jornais impressos acabarão?

A newsletter da revista Making Of de hoje levanta o assunto através da informação de que o jornal The Christian Science Monitor, fundado em 1908, vai extinguir as edições impressas diárias e manter apenas uma semanal "simbólica". O veículo levará informações ao público apenas pelo site.

Making Of lembra também da afirmação de Michael Rosenblum, consultor de mídia americano, durante o MidiaOn, sobre a substituição dos jornais impressos pelos online, pela despesa de impressão e distribuição, que segundo ele representam 85% do custo total.

Mais uma vez, a pergunta fica: os jornais impressos acabarão?

O certo é que os veículos precisam se reinventar, adaptar suas linguagens visuais a um público que, daqui a menos de 10 anos, será essencialmente virtualizado. As crianças estão aprendendo informática aos quatro, cinco anos e é este público que exigirá um novo modelo de jornal impresso. Ou os jornais mudam ou morrem!

4 comentários:

  1. Não acredito que uma coisa exclua a outra. O que os jornais precisam fazer é saber tirar o melhor proveito da internet, usar ferramentas online como aliada. Um exemplo que sempre uso: jornal de terça publica nota sobre entrega do Oscar e no pé do texto diz pro leitor conferir na edição do dia seguinte - dois dias depois da entrega - a lista completa de ganhadores.

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  2. O exemplo que cito abaixo quer dizer que o jornal fica mais dinâmico com a internet, a partir do momento que enxerga o óbvio: determinados conteúdos podem ficar só na internet (programação de cinema, indicadores...) e outros não podem esperar dois dias pro leitor saber (vou no site do Oscar e vejo a lista completa, por exemplo).

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  3. Finalmente (tá na hora de sair pro trabalho :), um caminho pro dilema jornais x internet é pensar que o leitor precisa de duas coisas, que podem ser distintas: acesso à informação e conteúdo de referência. Pra ter a informação, não preciso esperar pelo jornal de amanhã, mas pra ter uma referência sobre um assunto, posso esperar. Não é uma regra e podem se misturar, mas acredito que ajuda a clarear as idéias sobre o presente (futuro chegou) que vivemos.

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  4. É bem isso, Alexandre! Assim como os jornais não podem seguir o modelo tradicional de informação, as próprias versões online não podem ser cópias fiéis do conteúdo impresso. Internet requer agilidade e os consumidores de informação estão cada vez mais exigentes e ágeis. Abração.

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