Ouvia o rádio nesta tarde e um boletim policial me fez pensar em quantas empresas ainda são despreparadas para situações de crise, principalmente no que se refere à relação com a imprensa. Não falo de dificuldades econômicas, mas de incidentes e acidentes, aquelas situações imprevisíveis e que acabam virando notícia.
O fato desta tarde era um incêndio em uma fábrica. O repórter fazia boletim ao vivo, direto do local, e dava uma informação repassada por "uma funcionária da empresa", ninguém oficial ou preparado para atender o radialista. Em seguida, finalizando o boletim, o repórter aborda outra pessoa, que passava em sua frente, para obter mais detalhes.
- Qual seu nome? pergunta o radialista, dando sinais de que esta também não era uma fonte preparada.
Culpa do repórter de entrevistar pessoas que não estão preparadas? Claro que não. A função dele é esta, buscar informação e aquelas pessoas estavam trabalhando ali. E é assim mesmo que funciona: se não houver fonte oficial, vale qualquer testemunha do fato, pode ser até mesmo um popular curioso. E mesmo que haja fontes oficiais, a informação precisa chegar rápido à imprensa, pois, se isto não acontecer, os jornalistas vão mais uma vez recorrer a quem está mais próximo e acessível.
É assim que a imprensa funciona e as empresas precisam estar preparadas.
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